top of page
  • Foto do escritordenise coelho

Dia Mundial do Rock: data foi celebrada em meio ao desafio de manter estilo vivo durante a pandemia

Atualizado: 17 de jul. de 2020

Dia Mundial do Rock, celebrado em 13 de julho, ganhou um novo sentido neste ano de 2020, em que artistas, produtores e comunicadores precisaram se reinventar em todo o mundo para manter o estilo musical vivo.

Em meio à pandemia do coronavírus, a internet se tornou o principal instrumento por meio das lives e das radiowebs para aproximar as pessoas. Foi diante dessa dificuldade que se consolidou uma rádio online do Distrito Federal que, em apenas quatro meses, conquistou fãs no Brasil e no mundo. A Rádio Rock Capital foi criada em 20 de fevereiro, poucos dias antes de ser decretada a quarentena na capital federal.


Para celebrar o Dia do Rock, a emissora criou uma campanha para mobilizar os ouvintes, com a realização de matérias e programação especiais, com a colaboração dos ouvintes,


“Começamos o projeto piloto com o objetivo de tocar rock de todas as vertentes e divulgar as bandas do Distrito Federal, mas ganhamos tanto apoio que decidimos ampliar essa abrangência e precisamos criar uma estrutura maior de colaboradores e pensar em conteúdo diferenciado”, afirma Leandro Duarte, idealizador da radioweb. Leandro, que é analista de sistemas, relata que a rádio passou a ser um canal para divulgação das bandas que ficaram sem espaço para mostrar o seu trabalho e dos produtores e das casas de shows desolados pelo o encerramento forçado das atividades.


Após três meses em teste, a rádio precisou criar um site mais robusto e, a pedido dos apoiadores, lançou-se nas redes sociais. Em apenas dois meses no Instagram o veículo teve a adesão de mais de 2 mil seguidores. “Ficamos muito surpresos com a resposta do público, dos produtores e dos artistas. Nós que tínhamos mais seguidores que ouvintes, chegamos a captar 1.076 ouvintes de 12 países apenas na primeira semana de julho”, comenta a jornalista e radialista Denise Cecília Coelho, gerente de conteúdo da emissora online que atua há cerca de 20 anos com radiojornalismo.


Para Denise o sucesso da rádio, que não conta com patrocinadores e nem espaço físico, é a colaboração de pessoas apaixonadas por rock, por rádio e por comunicação visual. A equipe em formação conta com também com músicos, designers e colecionadores de discos. É de casa que o grupo de apenas seis pessoas realiza todo o trabalho de produção e divulgação da rádio.


Um dos ouvintes é o então deputado Ricardo Vale, autor da lei distrital 5615, aprovada em fevereiro de 2016, que reconheceu o rock da capital federal como patrimônio cultural e imaterial. A legislação foi fruto de um movimento chamado “Toque meu rock no rádio”. Movimento constituído por bandas, radialistas, produtores e amantes do rock do Distrito Federal que defendiam a valorização dessa cultura nas rádios locais.


“Resolvemos fazer esse reconhecimento por tudo o que o rock representa e representou na capital; seja o rock clássico dos anos 80, dos anos 90, seja o rock atual produzido por várias bandas muito boas daqui que carecem de espaço para apresentar os seus trabalhos.”, afirma o ex-parlamentar.


“É um instrumento importante pra que possamos avançar com o rock, manter a nossa história. O Rock do Distrito Federal realmente foi quem projetou o DF para o país e para o mundo e não podemos desprezar todo legado que o Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude e Raimundos deixaram, como também tantas outras bandas que não tiveram projeção nacional mas são muito reconhecidas na cidade.”, acrescenta Vale.

O produtor musical Alexandre Magno fez parte do movimento “Toque meu rock no rádio”. Para ele Brasília precisa de projetos e de incentivo para divulgar a cultura do rock local. “Ainda temos muitas bandas no Distrito Federal e precisamos divulgar esse pessoal que ainda não é conhecido pelo público”, defende.

bottom of page